segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Posso clamar.

Às vezes Jesus nos coloca em cada situação! Quando os discípulos receberam aquele convite da parte do filho de Deus, não imaginavam em que encrenca estavam se metendo. Já era tarde, eles haviam passado o dia todo ouvindo Jesus pregar, que coisa maravilhosa! Já pensou? Passar horas ouvindo Jesus pregar? Eles certamente estavam se sentindo revigorados, animados e cheios de fé, porque afinal, a fé vem pelo ouvir. Mas depois que a gente ouve, é hora de colocar em prática, e hora de pôr a nossa fé em ação. Depois de um dia de sermões, nada como um passeio de barco com Jesus. Porém não seria um passeio comum, mas sim uma rica experiência que ecoaria como um testemunho vivo e verdadeiro aos ouvidos das futuras gerações, que somos nós. Nem sempre passamos tempestades porque pecamos. Nem sempre enfrentamos as altas ondas da vida por consequência de nossos erros. Às vezes a tempestade é um convite de Jesus ao desafio de aprender a descansar sobre as ondas e confiar, acreditar que vai passar. Porque tempestade com a presença de Jesus no barco tem princípio, meio e fim. A presença de Jesus no barco não significa ausência de tempestade, mas sim que o barco não vai naufragar. Jesus estava no barco, mas um temporal se levantou. Jesus estava no barco, mas as ondas subiram por cima do barco, fazendo com que se enchesse de água e pesasse até se inclinar, deixando todos os convidados de Jesus completamente apavorados. E ele , onde estava? Dormindo, pasmem! Jesus dormia enquanto todos corriam de um lado para o outro tentando jogar água pra fora, se revezando no leme, tentando equilibrar o barco pra não virar. Os barquinhos ao redor também sentiam a fúria daquelas ondas. Quem mandou seguirem Jesus? Mas é assim mesmo; às vezes seguir a Jesus traz em si os seus perigos. Os discípulos haviam ficado populares. Eles agora estavam andando lado a lado com o homem que curava as multidões. Eles agora eram assediados por todos os que queriam um milagre. Oi Pedrão! Dá pra me arrumar um jeito de sentar ali do seu lado na hora em que Jesus estiver ensinando? Eu preciso tanto daquele milagrezinho? Dá pra ser? Eles eram OS DISCÍPULOS, e haviam sido convidados pra passear no barco em que Jesus, o mestre, estava. Os outros barquinhos foram atrás com outros seguidores, que não haviam sido convidados para o barco de Jesus. Então eles foram atrás assim mesmo. Também não esperavam por esse pequeno imprevisto.
Às vezes eu também passo por tempestades. Definitivamente Deus não faz nada por acaso.Não foi Deus quem me deu o  meu visto?  Por que o consulado tomou? Por que agora a porta estava sendo fechada pra mim? Muitos questionamentos permeavam a minha mente confusa naquele momento.  Eu chorava como uma criança que acabara  de perder o brinquedo que acabou de ganhar. Eu chorei, chorei e chorei no meu quarto, lembro bem de ter me trancado no meu quarto, lugar onde eu costumava orar ao meu Deus.  Parecia um pesadelo, eu não sabia o que pensar sobre aquilo, mas as ondas não paravam de se levantar, os ventos de soprar, e Jesus parecia simplesmente não se importar. Eu fiquei com raiva, Eu estava com raiva de tudo e de todos. Até que resolvi ouvir a voz de Deus. Abri a Palavra em Marcos 4 e comecei a meditar nessa passagem. Percebi que mesmo quando estamos na companhia de Jesus estamos sujeitos a enfrentar tempestades.  Aprendi que quando Jesus não responde não significa que Ele não se importa, mas sim que não chegou a hora. Eu vi que quando chega a hora dEle liberar uma Palavra, essa é a hora certa, porque nunca é tarde demais para  que o milagre aconteça. Eu entendi que quando Deus fecha a porta, é porque Ele quer abrir outras portas porque, como diz aquela música do Kleber Lucas que eu tanto amo:  SE UMA PORTA SE FECHA AQUI, OUTRAS PORTAS SE ABREM ALI… Aprendi que muitas vezes, na tempestade, tudo o que Deus espera de nós é uma atitude de fé. Ele perguntou aos seus discípulos: Por que vocês são tão tímidos?  Ainda não têm fé? Jesus não está aqui recriminando o temperamento de seus discípulos, mas sim sua falta de atitude diante de um momento de crise.  Que atitude nós temos tido quando enfrentamos uma tempestade?  Será que temos descansado em Deus ou temos nos apavorado?  Será que temos adorado ou murmurado?  Os questionamentos inevitavelmente vêm sobre nós, mas eles não podem permanecer nos paralisando.  Quem fica na tempestade perguntando o porquê de tudo, não tem forças pra vencer as ondas e os ventos em oração e adoração.  Por fim eu aprendi que na tempestade Deus quer se fazer conhecido a nós. Depois  que o vento se acalmou  e o mar se aquietou, eles perguntaram: Quem é esse?  Meu Deus, se eles não sabem, muito menos eu, né?  Eles eram DISCÍPULOS de Jesus, aqueles que andavam coladinhos nEle vinte e quatro horas por dia.  E  eles não sabiam quem era Ele.
Às vezes pensamos que conhecemos a Jesus o suficiente, mas só vamos saber se isso é verdade depois que tivermos enfrentado uma grande tempestade. Como disse o salmista no Salmo 119:67  “Antes de ser afligido andava errado; mas agora guardo a tua palavra”. Ou mais adiante no verso 71:  “Foi-me bom ter sido afligido, para que aprendesse os teus estatutos”.
Aquela tempestade me ensinou muitas lições, e depois que eu orei e me derramei aos pés do Senhor colocando sobre o seu altar cada uma de minha preocupações concernentes àquela questão, Deus não nos levou à toa para aquela tempestade. Ele sabia muito bem o que viria depois dela.  Ele é fiel!
Se você está em uma tempestade, quero te fazer uma pergunta?  Quem te convidou pra ela?  Você tem certeza de que foi Jesus.  Se foi Ele, então estou mais tranquila, porque quando Jesus convida Ele também garante que vamos chegar do outro lado. Nem pense em pular do barco, porque o lugar mais seguro ainda é pertinho de Jesus. Mas se você se meteu nessa tempestade por sua culpa, se você foi com os seus pés, apesar de não ter sido convidado por Jesus, quero  te contar um segredo: Você não precisa passar por isso sozinho.  Você errou, mas ainda pode contar com a misericórdia do Senhor, que é de eternidade a eternidade sobre aqueles que o temem. Diz o Salmo 103 que ele não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniquidades. Diz ainda que assim como o oriente está longe do ocidente, assim ele afasta de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos assim o Senhor se compadece daqueles que O temem. Ele conhece a nossa estrutura e se lembra que somos pó.  Jesus sabe que sozinho você não suportará essa tempestade.  Ele sabe que você precisa de um milagre, e Ele quer realizá-lo. Então, que tal convidar Jesus a entrar no seu barco nesse exato momento?  Que tal permitir que com sua voz cheia de autoridade Ele diga ao vento e ao mar; AQUIETEM-SE!
Porque é isso o que Ele faz quando clamamos por Ele. Eu clamei e você também pode clamar.  Então não perca mais tempo lutando sozinho contra as ondas. Clame ao Senhor e seja uma testemunha viva do que Ele pode fazer na vida daqueles que confiam no seu poder. Que Deus te abençoe.

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